Sobre nosso amor (ou carta ao filho que não tivemos)...
Amor...
Amo seu corpo, casa de seu espírito, belo espírito, transparece a
luz de seu olhar, e que olhar...
E também beijar sua boca, hálito fresco de manhãs orvalhadas, seu
gosto em doses (des)controladas...
No perfume de seu pescoço, me perder em seus cabelos, beijo,
beijo, beijo...
Sentir o pulsar de seu coração, seu colo ofegante, seminu...
Na maciez de seus seios, na sensibilidade de meus lábios, seus
mamilos, pitangas de desejo, beijo, beijo, beijo... e bebo vida e
prazer...
Melhor que o vinho é nosso amor...
No conforto de seu ventre, mais beijos e convulsões, seu umbigo,
seus gemidos, beijo, beijo, beijo...
No calor úmido de seu sexo, rosa leve e delicada, pétalas
perfumadas, provar seu sabor e seus desejos, beijos, beijos,
beijos...
Me sentir dentro de ti, parte de seu corpo, de corpo e espírito
nos tornar um, apenas.
Seu corpo na ponta dos dedos, toques, carícias e movimentos,
abraços e desejos; e o calor, e beijos, beijos...
Honra é te amar.
...
Semear nossa semente, de desejo e puro amor.
De seu sexo, nosso amor e prazer, de sua dor, nosso bebê.
Do conforto de seu ventre para a incerteza deste mundo.
Mas no seu colo e seus seios, será ele seguro, e beberá vida.
Sorrirá preso ao seu pescoço e brincará solto em seus cabelos.
E de nossos lábios ouvirá 'te amamos', e sopros de doces beijos.
O melhor fruto de nós dois, porque do nosso amor...